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Carta aberta aos políticos do meu país

Caros Senhores políticos,

Permiti que, com a maior elevação, sentido de oportunidade e justeza, tome a liberdade de vos colocar a seguinte questão:

O nome de Luís Vaz de Camões e dos Lusíadas diz-vos alguma coisa? Reflitam bem, porque se trata de uma figura, nascida em Coimbra, no ano de 1524, que viveu pobre e morreu na miséria, há 500 anos. Talvez de pouco interesse para a maioria dos senhores pois, não tinha bancos nem herdades, castelos ou até mesmo grandes quintas no Douro mas que foi, inexoravelmente, a maior figura da História de Portugal, de todos os tempos. Conhecem ou já ouviram falar de um “livrito” que ele escreveu chamado Lusíadas?

Pois meus caros, a minha revolta engrossa a de milhões de portugueses como eu que se sentem incomodados, tristes, envergonhados e revoltados com o esquecimento, a ignorância e o ostracismo a que foi votado por V. Exas. o épico, Luís de Camões, a maior figura da História. Nem a passagem dos 500 anos do seu nascimento vos despertou, estremeceu e mexeu com a vossa alma de portugueses levando-vos a preparar as comemorações solenes e dignas que ele e a sua obra amplamente mereciam? É assim que, em consciência e sentido de responsabilidade, assumis o papel de representantes do povo português? Valha-nos, ao menos, que um tal Montenegro que, por sinal, também é Luís, se lembrou de dar ao novo aeroporto projetado para Alcochete, o seu nome. Que andam, afinal, V. Exas, a fazer? A adiar a criação de círculos uninominais com medo de perderem os tachos partidários ou a continuar a aplaudir a vergonhosa atuação dos políticos que, desejando eternizar-se nos lugares, vão saltando de presidentes para vereadores ou ainda mais simplesmente de presidentes para secretários ou tesoureiros das Juntas de Freguesia?


Vou terminar pedindo a São Luís que, junto do Criador, implore para todos vós um bocadinho de bom senso, sentido de consciência e espírito de justiça.


Viva Luís de Camões.
Viva Portugal.
Abaixo a hipocrisia e a demagogia.

Opinião

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No dia 22 de julho fez 32 anos de...

COM PARÁGRAFOS, COSTAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS

PARÁGRAFOS. Há os dissertativos, os narrativos, os descritivos e ainda os convenientes. Na sequência do célebre episódio do último parágrafo do comunicado da PGR, foi sempre minha opinião que António Costa se armou em vítima e, esperto como é, viu logo ali um argumento e um pretexto para abandonar o governo, o país e os portugueses. Manifestei essa opinião nesta coluna desde a primeira hora, repeti-a posteriormente e hoje mantenho-a, reforçada. António Costa vitimizou-se, abandonou os amigos que afinal não o eram, esqueceu-se que Portugal era o seu grande desígnio, fugiu e foi a correr para a Europa, onde os elementos textuais têm outro encanto.

Eleições: por lá, por cá e por aqui

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