Estamos no meio da primeira metade do quarto trimestre de 2023 que nos mostra uma Seia que teima em continuar a ser um grande estaleiro de obras no começo de mais um outono. Ele é o centro de saúde, as obras no 1º de Maio e na avenida Terras de Sena, a construção de mais um supermercado, enfim, um autêntico frenesim de obras que pode fazer crer aos mais otimistas que se trata de um sinal de crescimento. Porém, um olhar mais profundo constata, isso sim, alguns sinais que devem preocupar quem cá vive: despedimentos em fábricas e na banca, esta já só abrem em alguns dias da semana ou só no período da manhã (alguns bancos), repartições públicas que passaram a atender só no período da manhã, etc. Claro que os novos horários da banca têm a ver com a redução das deslocações aos balcões, mas não só, tem também a ver com sermos interior e termos pouca população, logo menos clientes. Claro que as repartições fecham porque também reduziu a deslocação aos balcões mas também porque são menos os funcionários que podem atender e vão sendo, também, cada vez menos as pessoas que habitam o concelho. Os sinais negativos não vêm apenas da banca ou de alguma indústria – também o ensino superior em Seia não nos anima muito com o baixo número de novos estudantes cá colocados. Creio que a inversão desta má tendência deve representar um desafio para todos os que cá habitamos, com um dever de particular responsabilidade para as lideranças politicas. E creio, também, que urge identificar os principias “clusters “ para promover cada fileira, em modo de diálogo com todos os intervenientes na cadeia. O queijo e o turismo são, necessariamente, estratégicos, já se viu, mas há que olhar à volta e identificar outros e, quiçá, mais recentes.
Há quem continue a afirmar que apoiar a Ucrânia não é defender a paz e, antes pelo contrário, é fomentar a guerra. A minha teoria é outra: os arautos da teoria “pacifista” mais não pretendem do que “anular” a resistência à invasão da Ucrânia, aliando-se, dessa forma, “objetivamente”, ao invasor russo. Como se trata de um pacifismo recente, que só funciona para um lado, creio que poucos darão ouvidos aos referidos clamores. Já agora, sublinho positivamente o facto de a Ucrânia estar a atingir alvos russos na Crimeia, demonstrando que tem capacidade ofensiva e não apenas defensiva.