Os protestos dos agentes de Segurança, através das suas Organizações Sindicais, entraram numa escalada que, de há anos a esta parte, se vem intensificando diante do silêncio “ensurdecedor” do governo e, dum modo particular, do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
As manifestações dos polícias não são de hoje. Têm anos e, apesar disso, os políticos responsáveis pela governação do país não se têm mostrado sensíveis às suas reivindicações. A subida de tom dos protestos dos polícias tem de considerar-se natural dado o silêncio dos homens do poder. E se as coisas já não estavam bem, sofreram um agravamento na forma e no conteúdo por parte de polícias, gnr’s, guardas fiscais e prisionais a partir do momento em que o primeiro ministro e o seu governo decidiram conceder um significativo aumento ao subsídio de risco à Polícia Judiciária, ignorando, pura e simplesmente, as restantes polícias num claro e indesmentível desrespeito pelas suas justas e repetidas reivindicações. Se estamos de acordo com a ameaça proveniente de um sindicalista da Polícia relativamente ao ato eleitoral de 10 de Março? É claro que não pois, do nosso ponto de vista, a principal missão dos polícias é zelar pela segurança do Estado e dos cidadão. Urge, porém, entender o papel das polícias enquanto seres humanos ao respeitarem e a exigirem ser respeitados por quem manda no país. Ora, se diante de tantos e tão diversificados apelos das organizações sindicais, a resposta do Estado (entenda-se governo de António Costa e Parlamento) é um silêncio sepulcral que,