Enquanto António Costa vai voando pela Europa, nas asas de um parágrafo, promovendo a sua figura para se acomodar num lugar europeu, nós vamos assistindo a uma campanha eleitoral mais do que longa até às próximas eleições em março.
Eleições que, seja qual for o resultado, têm tudo, pelas condições em se realizam e a acreditar nas sondagens, e todos, pelos perfis e experiência dos principais protagonistas, para dar mau resultado e podermos estar novamente em eleições a curto prazo.
A vitória tanto pode pender para o lado do PS como para o lado da AD, sendo improvável uma maioria absoluta, mas quase garantida uma maioria parlamentar de direita.
Em caso de vitória da AD, cujo líder disse “não é não” a uma coligação com o Chega, o PS, que sempre mostrou não olhar a meios para se manter no poder, e toda a esquerda, tudo farão para fazer cair o governo.
Saindo o PS vitorioso, naturalmente que formará uma segunda geringonça, incluindo uma extrema-esquerda numa versão ainda mais radical, e a direita em conjunto, apesar de Luís Montenegro estar a revelar uma atitude mais responsável e de estado, não resistirá muito tempo a fazer cair o governo de esquerda.