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Leishmaniose – uma questão de saúde pública

Já ouviu falar de Leishmaniose? Esta doença representa um enorme risco para a saúde pública, já que é uma zoonose disseminada mundialmente (Europa, Ásia, África, México e América Central e Sul). Zoonose é o nome que damos a doenças infeciosas capazes de serem naturalmente transmitidas entre seres humanos e outros animais.

Os agentes que provocam as zoonoses podem ser bactérias, fungos, vírus, ou como no caso da Leishmaniose, parasitas. Esta doença é incurável e estima-se que existem atualmente entre 4 a 12 milhões de pessoas infetadas num total de 98 países, sendo por isso classificada como doença tropical negligenciada e por isso a Organização Mundial de Saúde fornece os medicamentos para o tratamento de humanos com esta doença a custo reduzido.

Em Portugal a transmissão ocorre maioritariamente através da picada de mosquitos da família dos flebótomos, também conhecidos por mosca-da-areia. Estes mosquitos, de 2 a 3 mm de comprimento, alimentam-se de um animal doente e infetam-se, posteriormente infetam outro animal quando se alimentam novamente, e o ciclo repete-se.

Esta infeção também pode ser transmita da mãe para o feto, durante a gravidez e no parto, e através de agulhas contaminadas ou transfusões sanguíneas. Os sinais em seres humanos podem ser leves ou mesmo inexistentes, passando esta infeção impercetível e o ciclo de transmissão da doença continua sem ninguém se aperceber. Quando existem sinais clínicos visíveis, eles dependem do tipo de Leishmaniose presente, nomeadamente: Leishmaniose cutânea – maioritariamente ulcerações na pele; Leishmaniose mucosa – maioritariamente ulcerações no nariz, boca e/ou garganta que podem culminar em deformações graves e irreversíveis; Leishmaniose visceral – maioritariamente febre, perda de peso, fadiga e anemia, e afeta maioritariamente a medula óssea, gânglios linfáticos, baço e fígado. Sem tratamento médico, pode culminar na morte de qualquer ser vivo afetado. Estas apresentações clínicas são semelhantes quer em humanos, quer nos cães.

O diagnóstico de Leishmaniose, no caso dos seres humanos e dos outros animais, é realizado através de uma análise sanguínea ou análise de tecidos infetados, e infelizmente não existe cura na atualidade. Existem medicamentos para manutenção da doença, que dependem da forma clínica da leishmaniose, do estado imunológico do paciente (humano ou não humano), da existência de outras doenças concomitantes e da espécie de Leishmania que o paciente contraiu (existem mais de vinte!). É fácil compreender que a Leishmaniose é um assunto de saúde pública, tornando-se de extrema importância a adoção de medidas para evitarmos esta infeção fatal. Como podemos proteger as nossas famílias e os nossos animais de companhia?

  • Evitar a picada do mosquito: O mosquito responsável pela transmissão desta doença está mais ativo nos meses entre Março e Outubro, pelo que a aplicação de repelentes de insetos é de extrema importância neste intervalo de tempo. Para cães e gatos as soluções existentes no mercado são várias, todas elas na forma de coleiras e pipetas (spot on) repelentes. A lógica é simples: se o inseto portador de Leishmaniose não picar o animal, torna-se teoricamente impossível o animal adoecer. Este mosquito gosta mais de se alimentar ao amanhecer e ao final do dia, e encontra-se com mais frequência junto a lixeiras e zonas húmidas com muita florestação e folhas secas. Evitar estas zonas durante os passeios, particularmente nestas alturas do dia, é também prudente.
  • Evitar a disseminação: Tratar os animais e os seres humanos com Leishmaniose é essencial, já que vão ser um reservatório da doença para sempre. Uma vez que não existe cura completa, caso um mosquito pique um ser vivo portador desta infeção, vai perpetuar a disseminação da Leishmaniose de forma contínua. Assim, além do tratamento que irá reduzir o número de parasitas no organismo infetado, a utilização de repelentes nos seres vivos infetados vai ser benéfica para ambas as partes: o doente não vai disseminar ainda mais a doença, e não será reinfetado pela picada de novos mosquitos infetados.
  • Vacinação dos cães: Após um teste sanguíneo com resultado negativo, os cães podem ser vacinados contra a Leishmaniose canina. A vacina não tem uma eficácia de 100%, mas todas as formas de proteção são bem-vindas, particularmente numa doença que não tem cura, nem para eles, nem para humanos. Esta vacina confere uma proteção anual ao paciente.
    Ao proteger o seu animal de companhia, está consequentemente a proteger a sua família. Em caso de dúvida, esclareça-se com o seu médico de família e/ou contacte-me através do email ritam_costper@hotmail.com ou nas redes sociais @beehaviourbyritapereira. Proteja-se neste Verão: quem ama, cuida!

Opinião

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PARÁGRAFOS. Há os dissertativos, os narrativos, os descritivos e ainda os convenientes. Na sequência do célebre episódio do último parágrafo do comunicado da PGR, foi sempre minha opinião que António Costa se armou em vítima e, esperto como é, viu logo ali um argumento e um pretexto para abandonar o governo, o país e os portugueses. Manifestei essa opinião nesta coluna desde a primeira hora, repeti-a posteriormente e hoje mantenho-a, reforçada. António Costa vitimizou-se, abandonou os amigos que afinal não o eram, esqueceu-se que Portugal era o seu grande desígnio, fugiu e foi a correr para a Europa, onde os elementos textuais têm outro encanto.

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