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CineEco celebra 30.ª edição com cinema, ações pedagógicas e formativas, conversas e exposições

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Filarmonias, SYRO e Teatro Musical em setembro na Casa Municipal da Cultura

O mês de setembro traz diversidade musical vibrante à...

Seia em festa, de 15 a 18 de agosto

A cidade de Seia celebra no pico do verão,...

O JORNALISMO LOCAL E A CORRUPÇÃO

Dois temas abordados recentemente nesta coluna (O Ensino Superior em Seia, no JSM de 31/05 e de 30/06 e a APdSE, no JSM de 28/07) suscitaram contactos, por via oral e escrita, de leitores reagindo aos conteúdos dos artigos publicados.
Em ambos os casos os leitores manifestaram a sua concordância de opinião, denunciando, com casos concretos, situações que confirmavam e mesmo reforçavam a opinião publicada.
Mas uma outra particularidade era comum em ambos os casos; os leitores, ou as pessoas que representavam, solicitaram que os seus comentários não fossem publicados ou divulgados os seus nomes, preferindo manter o anonimato, com receio de represálias e perseguição nos seus locais de trabalho.
Alguns pensarão que se trata de pura imaginação mas, estou certo, muitos leitores conhecem ou vivem mesmo situações idênticas. Instala-se o medo de falar e de se manifestar livremente, com receio de consequências penalizadoras para si ou mesmo para os seus familiares. O medo é uma reação natural do nosso corpo que faz parte do instinto de sobrevivência e, por isso, é utilizado muitas vezes em situações ou por organizações menos transparentes para criar esse sentimento junto dos seus interlocutores ou colaboradores, quando se pretende exercer uma relação de prepotência suportada por decisões autocráticas e baseada em escolhas e preferências pessoais, políticas ou mesmo ideológicas, e não no mérito ou competências dos envolvidos.
Este clima potencia, inevitavelmente, o emergir da corrupção.
As situações que acima referi ilustram bem o ambiente que se vive localmente em algumas instituições e ajudam também a perceber a falta de rigor, de competência e de ambição dessas organizações que, assim, acabam por contribuir para o não desenvolvimento local.
A imprensa local tem aqui um papel fundamental, que acaba por se traduzir num serviço em defesa ou consolidação da democracia, investigando, opinando e noticiando, com rigor e verdade.
Jan-Werner Mueller (*) num artigo de opinião recente (Project Syndicate, 2023/06/18, “Can Local Journalism Be Saved?) afirma que “…para que o governo local funcione adequadamente deve haver jornalismo local para responsabilizar políticos e legisladores…” e, ao abordar o declínio do jornalismo local em várias partes do mundo, não tem dúvidas em afirmar que as implicações negativas para a democracia são evidentes. Trata-se de um fenómeno também vivido localmente, já abordado anteriormente nesta coluna, restando o jornal que tem nas mãos como um exemplo raro de sobrevivência e resiliência.
Ainda segundo o professor Mueller, no mesmo artigo, “cientistas sociais que estudam este tema demonstraram claramente que menos jornalismo local resulta em níveis mais altos de corrupção, prejudica a competição política e reduz o envolvimento dos cidadãos”.
O papel da imprensa e jornalismo locais é noticiar os factos e acontecimentos locais que não merecem a atenção do noticiário nacional, mas ainda, através da opinião fundamentada e da verdade na informação, denunciar as situações menos transparentes, e representar aqueles que, por medo ou falta de meios, não se podem manifestar.

(*) Jan-Werner Mueller é professor de Política na Universidade de Princeton e membro do Instituto de Ciências Humanas de Viena. Tem um livro publicado em Portugal, “O Que é o Populismo?”, Texto Editores, julho de 2017.
O JORNALISMO LOCAL
E A CORRUPÇÃO

Opinião

Salvé Jornal de Santa Marinha!!!

No dia 22 de julho fez 32 anos de...

Carta aberta aos políticos do meu país

O nome de Luís Vaz de Camões e dos Lusíadas diz-vos alguma coisa? Reflitam bem, porque se trata de uma figura, nascida em Coimbra, no ano de 1524, que viveu pobre e morreu na miséria, há 500 anos. Talvez de pouco interesse para a maioria dos senhores pois, não tinha bancos nem herdades, castelos ou até mesmo grandes quintas no Douro mas que foi, inexoravelmente, a maior figura da História de Portugal, de todos os tempos. Conhecem ou já ouviram falar de um “livrito” que ele escreveu chamado Lusíadas?

COM PARÁGRAFOS, COSTAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS

PARÁGRAFOS. Há os dissertativos, os narrativos, os descritivos e ainda os convenientes. Na sequência do célebre episódio do último parágrafo do comunicado da PGR, foi sempre minha opinião que António Costa se armou em vítima e, esperto como é, viu logo ali um argumento e um pretexto para abandonar o governo, o país e os portugueses. Manifestei essa opinião nesta coluna desde a primeira hora, repeti-a posteriormente e hoje mantenho-a, reforçada. António Costa vitimizou-se, abandonou os amigos que afinal não o eram, esqueceu-se que Portugal era o seu grande desígnio, fugiu e foi a correr para a Europa, onde os elementos textuais têm outro encanto.

Eleições: por lá, por cá e por aqui

Uma palavra sobre os desenvolvimentos no palco político americano....

Até já trabalho: estou de férias!

As férias são um momento de quebra de rotinas...

Bandas Filarmónicas do concelho um exemplo de resiliência e superação

Tive já oportunidade, em artigo publicado neste Jornal, de...

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