O 25 de abril fez 41 anos. Nesta data nasceu a nova aurora para todos aqueles que, amordaçados, explorados até ao tutano e escravos, gritaram com a força dos seus pulmões: “Viva a Liberdade!”
De facto foi um dia memorável que levou Portugal inteiro a abraçar-se, a cantar ou trautear, a canção de Zeca Afonso”: “Grândola Vila Morena!”
Dias de alegria se seguiram e só quem viveu toda a revolução, como nós poderá contar a história e analisar o que era o antes e o depois do 25 de abril.
Muitos, mas mesmo muitos, contavam aos meios de comunicação social os sofrimentos e dores por que passaram, assim como as suas famílias, infligindo-lhes torturas, isoladamente, deportações e morte, para manter os governos (Salazar e Caetano), já moribundos, mas teimosos e que se queriam manter no poder fosse a que “preço fosse”.
Um dos relatos que mais nos impressionou, foi a tortura que uns super facínoras e apaniguados infligiram a uma rapariga que era filha de um preso político. Para que confessasse o paradeiro do pai, a essa menina queimaram-lhe os bicos dos peitos com cigarros acesos. Só por isso, vejam caros leitores, o que estes carrascos, que eram portugueses como nós, faziam ao seu semelhante, mandatados por uma casta corrupta e malvada, que uma boa parte conhecia.
Pós o 25 de abril, esta casta tudo fez para se concretizar uma contra revolução para voltarem a ser os donos e senhores de Portugal e o povo seu escravo.
Todavia, os cravos parece que murcharam; a maior parte dos portugueses que queria o melhor para si e para os seus filhos chegam a esta data revoltados ao verem que o seu país não oferece nada de bom e veem o seu futuro comprometido. A situação é tão grave que até os nossos governantes atuais os mandaram emigrar.
Somos um povo errante onde o nosso país ou o dos nossos pais já nada nos diz.
Estas situações levaram-nos a pensar:
“Valeu a pena o 25 de abril? Mesmo assim valeu… e muito!”
Mas com a mesma coragem que os nossos soldados e povo tiveram na madrugada de abril, vamos todos acabar com esta cáfila de corruptos, usurários e que sejam obrigados a dar ao povo aquilo que lhe roubaram e continuam a roubar.