Vindo de férias, cá estamos, novamente,em contacto com os nossosleitores, fazendo votos para que todos estejam de saúde e boa disposição.
Já contávamos que nesta edição iria haver muita matéria para escrever e levar aos nossos leitores, mas, sinceramente, por tanta coisa que ouvimos e lemos, a vontade para escrever é muito pouca.
Todavia, as circunstância atuais não nos permitem ficar indiferentes a tudo aquilo que traz os portugueses expectantes quanto à situação política portuguesa.
Sendo as eleições para as legislativas no dia 4 de outubro, há mais de meio ano que os partidos políticos andam em campanha eleitoral, onde os seus líderes tentam passar a mensagem a um povo que vive há quatro anos amordaçado por um governo que ditou leis que quase, todas elas, recaíram sobre os pobres, classe média/média alta, comerciantes,
pequenos industriais, clivando ainda mais a pobreza já existente.
Enchem-nos com números e mais números e a vida dos portugueses cada vez mais a afundar-se. A miséria campeia por todo o lado e não a querem ver.
Tudo isto é a grande parte da realidade do país, enquanto existem tantos sacrificados, como nós, mas ainda assobiam para o lado e a bater palmas à situação.
Lamentamos, porém, quase toda a imprensa com os seus critérios editoriais que se juntam e clamam, alguns ardilosamente, colados ao poder, como se neste país corresse leite e mel. É uma vergonha!
A direita grita, junta-se e clama que muita coisa fez. E fez! Mas vendem Portugal e portugueses à União Europeia, diga-se Bruxelas.
Neste momento, nada temos a salvar e o que temos é tão pouco que já não interessa defender. Temos consciência que a situação vinda de outros governos não era boa, mas também sabemos que o subprime 2007/2010 na América percorreu todo o mundo e Portugal não seria exceção e não o foi.
Só os políticos e pseudopolíticos não querem ver o óbvio.
No entanto, cada um tenta puxar a “brasa à sua sardinha”, vamos lá saber por quê! Naturalmente a sociedade está dividida em classes sociais: os muito pobres e pobres, tentam o melhor bem-estar para as suas vidas; a classe média puxa por uma vida melhor e menos sacrificada; os ricos e muito ricos juntam-se e, com o seu dinheiro e poder, gladiam-se
uns contra os outros, como agiotas para, no fim, explorarem e desgraçarem ainda mais o povo.
A que classe pertencemos? O que defendemos? Em quem vamos votar no dia 4 de outubro? Não nos esqueçamos que o voto de cada um de nós é um dever cívico. Por isso, não fiquemos em casa e votemos.
Temos de nos lembrar que o nosso voto é a única arma que temos para deixarmos de estar amordaçados e de nos livrarmos da miséria em que nos fizeram cair.
Muitas promessas se têm feito: agora, quando já se deviam ter concretizado, sabemos que a intenção é o votar no seu partido. Todavia, entre eles votemos naquele que melhor defende os nossos interesses.
Ao abster-nos do voto, nunca ficaremos com o direito de reclamar seja aquilo que for. Por isso, não podemos deixar de votar no dia 4 de outubro.
Reflitamos bem antes de votar e votemos onde possamos, em liberdade, construir uma sociedade mais justa, mais fraterna e solidária, como reclama o Papa Francisco, tanto no Vaticano como aos povos de outras nações.