O projeto “UNITA – Receitas para a Internacionalização” vai adaptar currículos de licenciatura e de mestrado, formar docentes, preparar diretores, e apoiar a mobilidade de alunos com carências económicas. Cursos inovadores, novos serviços educativos digitais videoconferências e webinars, vão ser algumas das “receitas” utilizadas.
O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai reorganizar os seus currículos e dar formação específica aos docentes para trazer alunos estrangeiros para os seus cursos, das universidades de França, Espanha, Roménia e Itália que integram a UNITA – Rede de Universidades Europeias. Esta aliança, da qual o IPG é membro de pleno direito desde novembro de 2023, une instituições que têm em comum a localização em zonas transfronteiriças e de montanha.
O projeto “UNITA – Receitas para a Internacionalização” terá a duração de três anos e será cofinanciado em 400 mil euros pela União Europeia. Para além da adaptação dos conteúdos dos cursos e currícula das licenciaturas, este projeto “irá ajudar a melhorar a formação dos docentes e prestar apoio aos diretores dos cursos de licenciatura que desejem melhorar a internacionalização dos seus currícula”. Serão criados novos cursos, com inovações que irão aumentar a disponibilidade de serviços educativos digitais como cursos online, videoconferências, webinars, etc.
Para além do Politécnico da Guarda, e sob a coordenação da Universidade Savoie Mont Blanc de Chambery (França), irão participar diretamente neste projeto a Universidade Pública de Navarra (em Pamplona, Espanha), a Universidade Transilvânia de Brasov (Roménia) e a Universidade de Estudos de Brescia (Itália). Outras universidades da UNITA deverão depois juntar-se a este grupo inicial.
Segundo Manuel Salgado, vice-presidente do IPG, “internacionalizar os programas de licenciatura e de mestrado das suas escolas é uma prioridade para o Politécnico da Guarda”. Para o coordenador no IPG dos programas Erasmus+, “é também prioritário desenhar mecanismos de apoio económico adicionais à mobilidade dos alunos da Ação Social Escolar, por forma a que as suas limitações económicas não os impeçam de frequentar uma parte dos seus cursos no estrangeiro”.
O projeto vai organizar atividades de colaboração com “conselheiros em internacionalização”, as quais irão incluir 70 diretores de cursos de licenciatura e representantes dos estudantes das diversas universidades envolvidas. Nessas atividades irão construir e avaliar ferramentas para aumentar a oferta educativa, mais apta para atrair alunos estrangeiros, preparando os docentes para ministrarem os novos conteúdos. Vão ser organizadas sessões de formação e de orientação neste âmbito.