“Gente que cuida de gente”
Uma Comissão organizadora do Hospital Nossa Senhora de Assunção, em Seia, vai organizar as “Iªas Jornadas do Hospital Nossa Senhora da Assunção”, que vão decorrer durante dois dias, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia.
O Hospital de Seia vai promover, nos dias 23 e 24 de maio as “Iªas Jornadas do Hospital Nossa Senhora da Assunção”, que decorrem no auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia. O programa contempla a realização de um conjunto de oito mesas redondas onde serão abordados temas como “O doente idoso no Serviço de Urgência Básica do HNSA”, “Tornar a rotina do capacitar mais leve e harmoniosa”, o “Doente Diabético”, “Tenho Dor e Agora?” ou “Uma viagem… do sono às terapias de bem-estar”.
Com esta iniciativa, a equipa organizadora, constituída por 10 elementos (Cristina Cruz, Filipa Aleixo, Isabel Afonso, Joana Lopes, José Fonseca, Lília Marques, Luís Barroca, Nair Patrão, Sónia Fonseca e Susana Dias), pretende, acima de tudo, “mostrar que existem excelentes profissionais no Hospital de Seia, divulgando, ao mesmo tempo, a toda a comunidade, o trabalho que se realiza neste Hospital”, refere.
Estas jornadas envolvem todos os profissionais do Hospital, de todos os serviços. “Queremos que o Hospital de Seia seja valorizado e que seja reconhecido, não só pelos profissionais que cá trabalham, como pelos utentes e pelo SNS do qual integramos, com muito orgulho. Somos uma unidade pequena, mas de referência à nossa dimensão, que presta cuidados de qualidade e de segurança. Temos uma equipa motivada que, todos os dias, tende a dar o seu melhor para o bem-estar do doente. É isto que nos move diariamente.”
“Está a ser muito difícil atrair pessoal médico para o interior”
Apesar dos constrangimentos que possam existir, todos os profissionais deste Hospital asseguram recursos 24 horas. “Com mais ou menos sacrifício tem-se levado tudo a bom porto.”
A falta de profissionais é óbvia, “mas não é no setor da enfermagem, técnicos, ou assistentes operacionais que existem maiores dificuldades”, salientam. “É na área médica que as dificuldades são mais evidentes. Está a ser muito difícil atrair pessoal médico para o interior”. Ao JSM estes profissionais dizem que as instituições do SNS não têm autonomia para contratar sem autorização da tutela e, por vezes, para serem prestados cuidados seguros “tem de haver muitos sacrifícios por parte das pessoas”. Por isso, o empenho, a motivação e a dedicação têm sido fundamentais para o excelente trabalho que estes profissionais têm prestado à comunidade.
Construído em 2008 para dar resposta à população de Seia, o Hospital Nossa Senhora da Assunção tem, atualmente, uma rede de lares com utentes de todas as zonas do país. “São pessoas vulneráveis que, na fase aguda da doença, vêm ter ao Hospital de Seia e o Hospital não foi preparado para esta dimensão. Além disto, foi construída uma rede de cuidados continuados, que na fase aguda, é ao Hospital que recorrem. Depois, também devido ao encerramento de alguns serviços de urgências e de SAP’s, os doentes têm de recorrer ao Hospital de Seia. O CODU referencia-nos doentes dos concelhos de Oliveira do Hospital e de Gouveia e o Hospital de Seia tem de garantir cuidados a estes doentes. Tudo dentro da nossa dimensão. Por vezes, somos ainda, responsáveis pela sua transferência e acompanhamento para outros hospitais, caso não haja resposta necessária para isso. Esta é uma situação que o Hospital tem vindo a acolher, mas que, felizmente, com a vontade de todos, temos dado uma boa resposta”.
Como dizem, este é um Hospital que tem “Gente que cuida de gente.”