“… a minha vontade é voltar a candidatar-me!”
O Jornal de Santa Marinha conversou com o presidente da União de freguesias de Santa Marinha e São Martinho, Rafael Abreu, sobre o trabalho que tem vindo a realizar, em conjunto com a sua equipa, ao longo dos seus dois últimos mandatos. Refere que muito tem sido feito, mas que ainda há projetos que têm de ser concretizados. Muito recentemente, viu aprovada a desagregação da União das Freguesias de Santa Marinha e São Martinho, só faltando mesmo a promulgação do Presidente da República. Neste sentido, quando questionado sobre uma eventual recandidatura, Rafael Abreu diz que quer continuar a trabalhar em prol das pessoas e que vai apresentar a sua candidatura pela Freguesia de Santa Marinha.
Jornal de Santa Marinha (JSM): Qual é o balanço que faz do seu trabalho como presidente de junta da União das Freguesias de Santa Marinha e São Martinho?
Rafael Abreu (RA): É um balanço positivo, mas com um trabalho inacabado! Existe muito ainda a fazer e por fazer. O território é grande e as necessidades são maiores. Se todos nós dispuséssemos de mais recursos financeiros e humanos, estou certo que chegaríamos com mais facilidade à resolução de alguns problemas que, no dia-a-dia, nos vai aparecendo. Temos muitos caminhos e espaços rurais que carecem de intervenções muito profundas. Com os poucos recursos financeiros e humanos que temos, não conseguimos chegar a todo o lado. Temos definido prioridades, mas sabemos que, por vezes, não chegamos a todas as vontades e necessidades. É necessário uma grande ginástica e um grande esforço na gestão de recursos financeiros para chegar a alguns objetivos que nos propomos.
Um dos maiores problemas com que esta Freguesia se debate é a falta de receitas próprias que, praticamente, são inexistentes. Dependemos cerca de 90% das receitas do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF), receitas provenientes do estado da delegação de competência e apoios extraordinários para investimentos da Câmara Municipal. Os outros 10% provêm de receitas das licenças dos canídeos, IMI (rústicos) e expediente da secretária (atestados, certidões, provas de vida, etc.).
JSM: Conhecendo-se as pequenas rivalidades entre freguesias, foi difícil conciliar vontades e fazer obra?
RA: Foi um grande desafio, mas acredito que consegui e juntos conseguimos! Criei uma forte união entre estas comunidades. Valorizei todos! Tenho muito orgulho nestas minhas comunidades e no trabalho de aproximação que foi e continua a ser feito. Exemplo disso são as mais diversas ações que temos desenvolvido na freguesia, como a iniciativa da festa da freguesia, a criação e dinamização dos grupos comunitários, o passeio da freguesia, os grupos de ginástica, a capacitação e valorização das nossas associações os contactos de proximidade que a minha equipa tem feito, entre muitas outras ações que permitem a união entre estes povos.
No início quando fui eleito Presidente da União das Freguesias em 2017, recordo que em Santa Marinha não acreditavam que, sendo natural de São Martinho, fosse uma pessoa tão próxima desta comunidade. Diziam que ia levar tudo para São Martinho e que só me iria preocupar com a minha aldeia natal. Mas demonstrei o contrário, porque acreditava e acredito que um verdadeiro projeto só faz sentido quando o executamos com alma e com paixão! E bem sabemos que Santa Marinha, sendo um território de grande valor e de grande potencialidade, tinha de ser trabalhada e valorizada. Por isso, realizámos obra em todas as povoações que fazem parte desta União das Freguesias. Quem percorre o território, consegue ver e perceber os investimentos estruturais, e não só, que foram e são feitos.
(Artigo completo na edição impressa Nº 609 de 31 de janeiro de 2025)