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Seia. Antiga cantina da fábrica Fisel “renasce” como residência de estudantes

Governo aprovou os projetos para a adaptação de antigas instalações fabris em Seia em residência de estudantes, com 100 camas.

O Governo aprovou os projetos para a adaptação de antigas instalações fabris em Seia, no distrito da Guarda, em residência de estudantes, com 100 camas, respondendo a uma antiga ambição da Câmara Municipal. Os projetos foram aprovados em Conselho de Ministros este domingo (24 de março de 2024).

À agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, recordou que “é uma ambição antiga” transformar a antiga cantina da fábrica FISEL numa residência de estudantes, com 100 camas, para dar resposta aos estudantes deslocados da Escola Superior de Turismo e Hotelaria, do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O autarca salientou que o espaço está “ao abandono desde que a Segurança Social ficou com o imóvel em 1998 e a intenção era reconverter o espaço em residência de estudantes”.

Luciano Ribeiro explicou que por ação do município foi possível que a ESTAMO, empresa pública que gere o património imobiliário do Estado, apresentasse uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“A empresa desenvolveu os projetos já aprovados no município e esta aprovação [do Conselho de Ministros] é fundamental para as questões legais e procedimentos burocráticos para a cedência de património do Estado”, assinalou.

A expectativa da Câmara Municipal é a de que, “perante esta decisão do Governo, a Parque Escolar possa lançar o concurso para a empreitada e se avance com a obra, para que haja 100 camas com condições ótimas, das melhores na região”. O investimento será de cerca de quatro milhões de euros.

Câmara tem em curso mais projetos

Luciano Ribeiro destacou à Lusa que este é também “o primeiro passo para valorizar tudo aquilo que foi o centro fabril em Seia”, lembrando que a Câmara tem já em curso outros investimentos com a mesma finalidade.

O autarca sublinhou que o projeto será suficiente para as circunstâncias atuais da Escola, mas admitiu que “gostaria que não fosse”. “Era sinal de que havia mais estudantes. Temos estado a trabalhar com o IPG e a nossa expectativa é a de evoluir”.

Atualmente, a resposta em termos de alojamento aos estudantes da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, é assegurada com o apoio da Câmara Municipal.

Em colaboração com o IPG, a autarquia comparticipa o pagamento da renda de alojamento de 30 estudantes numa unidade residencial e 50 camas num piso da Casa de São José, do Centro Paroquial de Seia.

“As condições são boas, mas não serão as ideais para criar um ambiente académico”, reconheceu o autarca de Seia.

Lusa

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