Eventos, Cultura e Lazer:

De 30 de outubro a 2 de novembro – Município de Seia promove Mostra de Gastronomia

Os Aromas e Sabores da Montanha regressam à mesa...

II Encontro de Música Tradicional em Valezim (Seia)

A Associação Vallecinus vai promover, este sábado, dia 5...

CineEco celebra 30.ª edição com cinema, ações pedagógicas e formativas, conversas e exposições

10 a 18 de outubro, Seia O Festival Internacional de...
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IPG vai criar aplicações biomédicas – para subproduto da indústria do papel

O Politécnico da Guarda está a preparar a transformação de pasta de papel em cápsulas de medicamentos. A nova unidade de investigação do IPG vai desenvolver nanomateriais para encapsular agentes terapêuticos anticancerígenos, anti-inflamatórios ou ansiolíticos. A Biotek, de Vila Velha de Rodão, será o parceiro industrial.

A BRIDGES – Biotechnology Research, Innovation and Design for Health Products, nova unidade de investigação do Instituto Politécnico da Guarda – IPG, vai desenvolver a transformação da lignina, um subproduto da pasta de papel, num recurso valioso para a encapsulação dos fármacos na indústria biomédica. O projeto chama-se BIO-LIGNE e a equipa do IPG conta com a colaboração da empresa Biotek S.A., de Vila Velha de Rodão, para otimizar uma metodologia de extração de lignina das águas residuais da indústria de pasta de papel e utilizá-la como matéria-prima para produzir nanomateriais inovadores para a administração de medicamentos.

“Com este projeto, pretendemos valorizar um subproduto da indústria do papel, que é normalmente descartado e incinerado, demonstrando a sua aplicabilidade no desenvolvimento de novos produtos biomédicos”, afirma André Moreira, docente da Escola Superior de Saúde e coordenador do projeto BIO-LIGNE. “O nosso parceiro industrial (Biotek S.A.) fornecerá amostras das quais iremos extrair a lignina, que será utilizada para desenvolver novos sistemas de entrega – ou seja: cápsulas – de agentes terapêuticos”.

Por ano, a nível mundial, são extraídas 50 a 70 milhões de toneladas de lignina, prevendo-se um aumento para 225 milhões de toneladas por ano até 2030. Nos últimos anos, a lignina tem sido reconhecida como um polímero natural valioso: tem imenso potencial para o desenvolvimento de soluções biotecnológicas para a regeneração de tecidos e a administração de medicamentos, devido à sua abundante disponibilidade, biocompatibilidade, versatilidade estrutural, e propriedades mecânicas.

A extração e exploração da lignina não é, no entanto, considerada atualmente para fins biomédicos. Apenas cerca de um milhão de toneladas de resíduos de lignina em todo o mundo são isolados e vendidos para aplicação industrial.

“Flash Nanoprecipitation”, a técnica de ponta utilizada

O BIO-LIGNE quer aproveitar a natureza hidrofóbica (que não absorve nem retém água) da lignina para criar nanopartículas num processo rápido, eficiente e escalável, utilizando uma técnica de ponta denominada de “flash nanoprecipitation”.

Inicialmente, será testado o potencial das nanopartículas à base de lignina para atuarem como sistemas de libertação de fármacos através de simulação computacional. Depois será avaliada a interação entre a lignina e as moléculas terapêuticas, e estudada a eficiência de encapsulação e o perfil de libertação dos agentes terapêuticos. Ou seja, vai ser avaliada a compatibilidade da lignina com outros agentes normalmente presentes nas cápsulas de medicamentos.

Posteriormente, vão ser analisados os nanomateriais contendo os agentes terapêuticos (anticancerígenos, anti-inflamatórios ou ansiolíticos) avaliando o seu potencial para serem aplicados no tratamento de várias doenças, tais como o cancro e doenças inflamatórias. Segundo André Moreira, “o projeto vai abrir caminho a uma rede colaborativa e intersectorial entre as indústrias do papel e farmacêutica, impulsionando a transferência, do laboratório para a clínica, de soluções biotecnológicas baseadas na lignina.”

A equipa do projeto BIO-LIGNE é composta por alunos, investigadores e docentes do Politécnico da Guarda. Terá a duração de 18 meses – de 1 de janeiro de 2025 a 30 de junho de 2026 – e será financiado com 50 mil euros.

Para Joaquim Brigas, presidente do IPG, “o projeto BIO-LIGNE enquadra-se no desenvolvimento de investigação aplicada ligada à biotecnologia, uma das prioridades do Politécnico da Guarda”. São exemplos desta colaboração com o tecido empresarial nacional a valorização de recursos naturais como as microalgas e a sericina (material obtido a partir da seda), bem como o desenvolvimento de soluções bioimpressas para aplicação na regeneração de tecidos.

Guarda – Três detidos por tráfico de estupefacientes

O Comando Territorial da Guarda, através do Destacamento Territorial da Guarda e de Gouveia, deteve, entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro, três homens com idades compreendidas entre os 27 e os 29 anos, por tráfico de estupefacientes, no concelho do Sabugal e Seia.

No decorrer das ações policiais direcionadas para a segurança e policiamento dos festivais que decorreram nas localidades de Rapoula do Côa, no concelho do Sabugal e São Gião, no concelho de Oliveira do Hospital, foram detidos três suspeitos por tráfico de estupefacientes e elaborados dois autos de contraordenação por consumo de estupefacientes.

Da operação, resultou a apreensão do seguinte material:

  • 38 doses de liamba;
  • 45 doses de haxixe;
  • 23,80 gramas de cogumelos alucinogénios;
  • 381,49 gramas de anfetaminas;
  • 115 comprimidos de anfetaminas;
  • 2 859 euros em numerário;

Os suspeitos foram detidos, constituídos arguidos e os factos comunicados ao Tribunal Judicial da Guarda. Os militares da Guarda asseguraram as condições de segurança necessárias para que os eventos decorressem dentro da legalidade, protegendo e prestando auxílio aos cidadãos que participaram no festival, além de regularizar a fluidez do trânsito na área envolvente, não tendo

CineEco celebra 30.ª edição com cinema, ações pedagógicas e formativas, conversas e exposições

10 a 18 de outubro, Seia

O Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela mantém uma relação de memória com o cinema português através da programação de clássicos. Na 30.ª edição, que se realiza entre 10 e 18 de outubro, o festival vai exibir, em dupla sessão, dois filmes recentemente digitalizados pela Cinemateca Portuguesa – Trás-os-Montes e Cerromaior.

A programação designada por Ecos da montanha e da planície permite rever e interpretar obras singulares do cinema português no modo como olham dois grandes e amplos territórios, Trás-os-Montes e Alentejo, que ainda hoje preservam uma forte identidade, ambiental, rural e social, que merece ser valorizada perante novos problemas, desafios e oportunidades.

Trás-os-Montes, que vai ser exibido dia 13 de outubro, às 16h, é uma docuficção com elementos etnográficos muito vivos, realizada e escrita, em 1976, por António Reis e Margarida Cordeiro. O elenco reúne atores não profissionais, habitantes de Bragança e Miranda do Douro, que interpretam personagens ficcionadas, típicas da Terra Fria. O filme é uma declaração de amor ao território, identifica hábitos seculares num ambiente rural imponente, e vale a pena ser visto numa época em que a região enfrenta os desafios paisagísticos e ambientais da extração mineira de lítio.

Cerromaior, em exibição a dia 17 de outubro, às 16h, com a presença do realizador Luís Filipe Rocha, parte do romance homónimo de Manuel da Fonseca, publicado em 1943. O filme, rodado durante o verão de 1979, na vila de Portel, no Alentejo, também contou com a participação ativa da população da vila e dos camponeses da região, dramatizando a realidade da sociedade alentejana de finais dos anos trinta, no contexto da relação profundamente desigual entre trabalhadores rurais e latifundiários quando o Estado Novo estava numa fase de consolidação. É uma obra que desperta o nosso olhar contemporâneo para uma região onde aconteceu a reforma agrária e que atualmente investe, de novo, na produção agrícola em regime intensivo de monocultura.

Esta dupla sessão permite ainda celebrar os 50 anos do 25 de abril de 1974 através de duas produções cinematográficas rodadas, produzidas e estreadas em plena democracia.

Nas atividades paralelas, o CineEco 2024 apresenta como principal novidade os Encontros no Mercado, um espaço de encontro e networking entre estudantes e players do mercado cinematográfico português. A organização do festival convidou asescolas superiores de cinema e audiovisual do país a terem os seus alunos/as presentes nesta iniciativa de um dia, uma oportunidade para estes jovens realizarem um pitch de um projeto (longa ou curta-metragem, série, etc.) e/ou apresentar uma curta-metragem já realizada, ligada à temática ambiental. Com uma postura primordialmente pedagógica e formativa, a ideia destes Encontros do Mercado é proporcionar experiências profissionais aos estudantes que lhes garantam competências acrescidas para o seu futuro no mundo do trabalho. Já os players (produtores, produtores executivos, exibidores, distribuidores, etc.) são convidados a dar conselhos aos estudantes com o objetivo focado na criação de oportunidades de trabalho e/ou financiamento dos seus projetos e, ao mesmo tempo, de olhar para o trabalho de valores criativos emergentes.

Pelo segundo ano, e depois do sucesso da edição passada, as Conversas no Jardim da Biblioteca Municipal de Seia sobre cinema ambiental é outro dos destaques do programa. Realizadores, produtores, técnicos, atores, professores, programadores e jurados são convidados a falar sobre a sua experiência e/ou visão de cinema, e de que forma o valor artístico e cinematográfico tem impacto na consciencialização para a causa ambiental. O público é parte fundamental desta interação e é sempre bem-vindo a colocar questões ligadas ao festival, ao cinema e ao ambiente.

No que diz respeito a exposições, este ano é apresentado um novo espaço de exibição de filmes com formato mais artístico, mas não menos importante, o Videoarte. Dos muitos filmes conceptuais que todos os anos chegam a concurso, é criada nesta edição uma mostra de filmes que, pela sua envergadura mais poética e dinâmica de projeção em repeat, transpõem a linha meramente cinematográfica e apresentam-se em formato de galeria. Estes são apontamentos de videoarte, que, ao juntarem imagem em movimento e artes plásticas, propiciam uma forma diferente de exercitar o olhar, porque se tem a ferramenta do loop à disposição.

O CineEco contará ainda, de 10 de outubro a 30 de novembro, com mais três exposições na Casa Municipal da Cultura.

O Estado da Água apresenta seis propostas artísticas, desenvolvidas na aldeia do Sabugueiro e no território circundante da serra da Estrela, no contexto de um programa de residências artísticas realizadas com apoio financeiro da DGArtes. O foco do projeto é a interpretação da presença da água na paisagem a partir de abordagens que exprimem a diversidade das visões artísticas sentidas por Eunice Artur, Iana Ferreira, Inês Teles, Joana Patrão, Jorge Leal e Thierry Ferreira.

Em Plastic Bitch, Cláudia Clemente espelha a situação atual de consumismo desenfreado, poluição extrema, esgotamento de recursos naturais e produção exacerbada de lixo. A artista procura despertar a consciência e o julgamento (auto) crítico de do espelho incómodo, que reflete aquilo em que, enquanto sociedade, nos transformamos: plastic bitches.

Em Line, de Clo Bourgard, também se apela à sustentabilidade, representada pela utilização de materiais de desperdício, que são dispensados ou que perdem a sua utilidade original, como matéria-prima principal. O projeto Line envolve três instalações artísticas: White Line, uma ode à terra em forma de montanha; Green Line, instalação de interação com a comunidade; e Mountain Line, construída com recursos naturais recolhidos no local que estará patente no festival CineEco.

Rede de Bibliotecas de Seia promove 7.º Encontro Leituras

A Rede de Bibliotecas Escolares e Municipal de Seia (RBEMS) organiza, nos próximos dias 6 e 7 de setembro, o seu 7.º Encontro Leituras, que este ano terá como tema central “Liberdade e Responsabilidade”.

O evento decorrerá na Casa Municipal da Cultura de Seia e é dirigido a professores do ensino básico, secundário, educação especial, bibliotecários e educadores de infância.

O encontro, composto por cinco painéis temáticos e uma série de workshops, pretende ser um espaço de reflexão e formação sobre a Literacia da Informação e dos Media, focando-se na preparação do futuro e no papel crucial que as bibliotecas escolares desempenham neste processo.

Nos workshops destacam-se as temáticas: “IA + Tempo para Cr(ia)r na Educação!” e “Técnicas de Criatividade na Escrita”, a primeira apresentada por Alexandre Torres e a segunda por Rui Fonte, que também serão protagonistas de dois painéis sobre estes temas no sábado à tarde. Outros workshops incluem “Quizziz & IA”, facilitado por Isabel Albuquerque e Liliana Melo, e “Arte, Memória e Ecologia” com Ana Sofia Paiva.

Ana Sofia Paiva encerrará o encontro com a sessão de contos “Palavra a Palavra”. Na noite de sexta-feira, o público terá, ainda, a oportunidade de assistir ao espetáculo “Nova Utopia – muitos, muitos mil”, apresentado por Ana Sofia Paiva & Marco Oliveira, no Auditório da Casa da Cultura, com início às 21h00. A entrada para este espetáculo está sujeita à reserva antecipada de bilhete.

Este encontro promete ser uma oportunidade valiosa para os profissionais de educação aprofundarem os seus conhecimentos e explorarem novas abordagens pedagógicas, num ambiente de partilha e colaboração.

Filarmonias, SYRO e Teatro Musical em setembro na Casa Municipal da Cultura

O mês de setembro traz diversidade musical vibrante à Casa Municipal da Cultura de Seia, com três espetáculos distintos. Da música ao teatro, os espetáculos evidenciam a transversalidade artística e a excelência cultural que marcam a programação deste espaço, conseguida com o apoio da Direção-Geral das Artes, enquanto equipamento integrante da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

O mês começa com a celebração da tradição filarmónica local, no dia 15 de setembro (15h), com a atuação da Banda Academia de Santa Cecília de São Romão. O concerto integra o projeto FILARMONIAS do Município de Seia e vai revisitar seis décadas de música do Festival da Canção.  O espetáculo percorrerá músicas icónicas que marcaram a história do festival e contará com a participação das alunas de canto da ACR Music & Voices, de Célia Oliveira e de Daniel Tadeu.

Na semana seguinte, a 21 de setembro (21h30), o Cineteatro da Casa Municipal da Cultura acolhe SYRO, um artista em ascensão no panorama musical português. Conhecido pela sua voz única e pela capacidade de fusão de diferentes estilos musicais, SYRO apresentará o seu mais recente trabalho, o álbum “11 11”. O concerto promete uma noite de música intensa e envolvente, que combina energia, emoção e uma interação única com o público.

A fechar o mês, no dia 28 de setembro (21h) o teatro musical “YOU ARE THE ABBA DREAM”, dirigido pela senense Ana Carina Reis e produzido pela Vocacionarte, traz a magia de “Mama Mia” ao palco do Cineteatro. Esta adaptação transporta o público para a romântica ilha de Santorini, num espetáculo repleto de energia, humor e, claro, as inesquecíveis canções dos ABBA.

Os bilhetes estão disponíveis na Casa Municipal da Cultura e na ticketline.

Jogo solidário entre associados da Casa do FC Porto de Seia e o FC Porto Vintage

O Estádio Municipal de Seia vai acolher, no dia 7 de setembro, pelas 17h30, um jogo solidário entre os associados da Casa do FC Porto de Seia e o FC Porto Vintage, onde estarão presentes algumas das glórias do Futebol Clube do Porto.

Este jogo terá a finalidade de atender algumas necessidades da Associação Solar do Mimo, de São Romão, que acolhe crianças abandonadas e em risco.

A entrada é gratuita e para ajudar o Solar do Mimo, basta levar algum bem essencial, como arroz, massa, açúcar, enlatados, etc.,

Haverá um ponto de recolha no interior do Estádio.

Salvé Jornal de Santa Marinha!!!

No dia 22 de julho fez 32 anos de existência este nosso Jornal.

Foram 32 anos de canseiras, de trabalho árduo e bastante difíceis, para além daquilo que se possa imaginar. Temos feito um trabalho com muito amor e carinho que nos tem mantido sempre numa azáfama diária para que, todos os meses, possamos chegar aos nossos leitores, com artigos de opinião, entrevistas e notícias sobre aquilo que se passa no nosso concelho e não só.

Para complemento, estamos em contacto com os nossos ouvintes através do programa “A VOZ DA SOLIDARIEDADE”, transmitido todos os sábados, nos 89.6 (Rádio ANTENA LIVRE), onde temos uma audiência bastante vasta, deixando-nos cheios de satisfação. É por tudo isto que vamos continuar a lutar, sempre com o mesmo entusiasmo, de modo a podermos manter este nosso Jornal como uma referência para o concelho.
Como estamos numa época de festas, não nos podemos esquecer das festas de “Santa Marinha”, padroeira da nossa freguesia, assim como as grandes festas de Verão em louvor de “S. Sebastião”.

Também, por todas as terras do nosso concelho, e não só, se fazem sentir o regresso dos nossos emigrantes que vêm gozar as suas merecidas férias junto dos seus familiares trazendo um movimento fora do normal, dando “vida” às aldeias quase abandonadas. Aproveitamos para desejar a todos os que nos visitam umas excelentes férias.

E já que estamos num período de festividades, não podemos deixar de destacar o Dia dos AVÓS, data assinalada a 26 de julho. Este é um dia em que os nossos idosos deveriam ser lembrados por todos os netos do mundo e não esquecidos, dando-lhes carinho e o afeto que merecem. Eles são aqueles que a toda a hora nos protegeram e protegem; eles não esquecem os seus netos e estão sempre preocupados com o seu bem-estar. Infelizmente, tão esquecidos por alguns. Por isso, neste dia se lhe dermos um beijo, um abraço, um afago como recompensa pelo seu carinho, é um dever e, podem crer que, além do dever cumprido, eles ficarão eternamente gratos. Por isso, nunca, hesite e o seu coração rejubilará de alegria.

Também, nesta altura, e porque todo o mundo anda numa preocupação constante, há que analisar o que se passa na Ucrânia e em Israel. Podemos dizer que estas guerras estão longe de nós. Puro engano! Esses dois focos de guerra estão mais perto do que porventura pensamos. As armas de que dispõem, se quiserem, chegam até nós numa hora ou duas. Por isso, ninguém pode andar descansado.

A preocupação é geral. Vejamos os apelos do Papa Francisco. Os homens do mundo, os mais responsáveis, não o querem ouvir. Só querem armas e mais armas para matar e destruir. É uma tristeza.

Nós que somos amantes da Paz e da solidariedade andamos confrangidos com o todo o “STATUS QUO”, tal como todas as pessoas de bem.

Por isso, e porque somos crentes, pedimos a DEUS para que traga PAZ aos homens e alivie o sofrimento e a dor a todas as pessoas do mundo.

Vamos de férias e não sairemos com a edição impressa neste mês de agosto. Regressaremos somente em setembro. Mas continuaremos a utilizar as nossas redes sociais e o nosso site para que todos os nossos leitores não percam qualquer informação que se passe no concelho e na região.

Boas Férias a todos os nossos assinantes, colaboradores, leitores, anunciantes e amigos.

Carta aberta aos políticos do meu país

Caros Senhores políticos,

Permiti que, com a maior elevação, sentido de oportunidade e justeza, tome a liberdade de vos colocar a seguinte questão:

O nome de Luís Vaz de Camões e dos Lusíadas diz-vos alguma coisa? Reflitam bem, porque se trata de uma figura, nascida em Coimbra, no ano de 1524, que viveu pobre e morreu na miséria, há 500 anos. Talvez de pouco interesse para a maioria dos senhores pois, não tinha bancos nem herdades, castelos ou até mesmo grandes quintas no Douro mas que foi, inexoravelmente, a maior figura da História de Portugal, de todos os tempos. Conhecem ou já ouviram falar de um “livrito” que ele escreveu chamado Lusíadas?

Pois meus caros, a minha revolta engrossa a de milhões de portugueses como eu que se sentem incomodados, tristes, envergonhados e revoltados com o esquecimento, a ignorância e o ostracismo a que foi votado por V. Exas. o épico, Luís de Camões, a maior figura da História. Nem a passagem dos 500 anos do seu nascimento vos despertou, estremeceu e mexeu com a vossa alma de portugueses levando-vos a preparar as comemorações solenes e dignas que ele e a sua obra amplamente mereciam? É assim que, em consciência e sentido de responsabilidade, assumis o papel de representantes do povo português? Valha-nos, ao menos, que um tal Montenegro que, por sinal, também é Luís, se lembrou de dar ao novo aeroporto projetado para Alcochete, o seu nome. Que andam, afinal, V. Exas, a fazer? A adiar a criação de círculos uninominais com medo de perderem os tachos partidários ou a continuar a aplaudir a vergonhosa atuação dos políticos que, desejando eternizar-se nos lugares, vão saltando de presidentes para vereadores ou ainda mais simplesmente de presidentes para secretários ou tesoureiros das Juntas de Freguesia?


Vou terminar pedindo a São Luís que, junto do Criador, implore para todos vós um bocadinho de bom senso, sentido de consciência e espírito de justiça.


Viva Luís de Camões.
Viva Portugal.
Abaixo a hipocrisia e a demagogia.

COM PARÁGRAFOS, COSTAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS

PARÁGRAFOS. Há os dissertativos, os narrativos, os descritivos e ainda os convenientes. Na sequência do célebre episódio do último parágrafo do comunicado da PGR, foi sempre minha opinião que António Costa se armou em vítima e, esperto como é, viu logo ali um argumento e um pretexto para abandonar o governo, o país e os portugueses. Manifestei essa opinião nesta coluna desde a primeira hora, repeti-a posteriormente e hoje mantenho-a, reforçada. António Costa vitimizou-se, abandonou os amigos que afinal não o eram, esqueceu-se que Portugal era o seu grande desígnio, fugiu e foi a correr para a Europa, onde os elementos textuais têm outro encanto.

COSTAS. O país chegou ao estado a que chegou pela inação dos Costas habilidosos deste país. Veja-se o ridículo da situação. António Costa foi negociado, e não eleito como foi várias vezes referido, para o cargo de presidente do Conselho Europeu porque, na opinião da maioria dos comentadores e apoiantes, ele é excelente a “fazer pontes” e a negociar pois, se o cargo exigisse capacidade de execução, já não teria o perfil adequado. É a assunção da mediocridade, pois fomos governados, durante oito anos, por alguém capaz de encontrar parceiros para jogar às cartas e distribuir jogo, mas incapaz de utilizar os trunfos que lhe saíram em sorte.

Depois, fala-se nas vantagens para Portugal resultantes do prestígio do cargo ocupado por Costa.

Se Portugal é o que é, um país pobre e desigual, com o prestígio de António Guterres, António Vitorino, Durão Barroso, Álvaro Santos Pereira, Vítor Gaspar, Ferro Rodrigues, Vítor Constâncio, e… nem consigo imaginar onde estaria Portugal sem esse capital prestigiante.

BOLOS. Se os próximos manuais da ciência política quiserem indicar um bom exemplo da hipocrisia, podem escolher este. A política tornou-se um enorme bolo e aquilo que se passou na Europa, ao repartirem as fatias do bolo em função dos interesses das “famílias” políticas e das trocas de favores e não dos interesses e angústias dos europeus, é o que, paulatinamente, vai fazendo com que os cidadãos queiram mudar de cozinheiros.
TOLOS. Há sempre alguém que acredita na “História da Carochinha”, pelo que histórias deste género têm sempre (e)leitores, sobretudo quando há alguém a cantar bem à janela e moedas de ouro a ganhar.

COM PARÁGRAFOS, COSTAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS

Eleições: por lá, por cá e por aqui

Uma palavra sobre os desenvolvimentos no palco político americano. A saída de Biden da disputa eleitoral peca por tardia. Por muito que o próprio insistisse nas suas capacidades para enfrentar Trump foi-se tornando cada vez mais visível a sua “inferioridade” face a um truculento candidato republicano que continua arrogante e mal-educado.

Tornava-se evidente que, com Biden pelos democratas, Trump venceria as eleições. Diferentemente, Kamala Harris terá mais capacidade para derrotar Trump, pois é mais impetuosa, determinada e convincente e com um currículo e histórico que consegue atrair muitas franjas de eleitorado feminino e não só. Há apenas um senão no “programa” de Kamala: em matéria fiscal, as suas propostas poderão consolidar muitos eleitores ao lado de Trump, já que a classe média americana, numerosa e ciosa dos seus rendimentos, dificilmente aceitará um “assalto” aos seus bolsos.

Por cá o panorama político continua em cenário de permanente pré-campanha eleitoral. Convenhamos que não poderia ser de outra forma. Sem maioria no parlamento, a AD (ou o PSD?) não consegue aprovar o que quer, recorre às autorizações legislativas concedidas pelo parlamento para legislar por decreto (correndo o risco de, posteriormente, o parlamento alterar as suas medidas) e tem de se ir sujeitando a que o parlamento aprove leis contra a sua vontade. No meio de tudo isto vão-se esgrimindo acusações, insinuações e provocações típicas de um ambiente de pré-campanha eleitoral. Evitando atirar mais achas para esta fogueira, ao contrário do que a comunicação social ainda especulou – que não promulgaria – o Presidente da República promulgou a legislação aprovada na Assembleia da República e apresentada pelo Partido Socialista relativa à isenção de pagamento nas SCUTS e à baixa do IRS. Seria muito mau o contrário, colocando o Presidente numa situação de provocação perante outro órgão de soberania. Não há dúvida que o atual governo não tem vida fácil, ainda por cima com Pedro Nuno Santos a lembrar que nas europeias o Partido Socialista foi o partido mais votado e que a diferença do número de deputados entre o PS e a AD é muito “poucochinho”. O que temos, é, pois, um permanente aquecimento das máquinas para a eleição sem data marcada, mas que pode acontecer a qualquer momento.

Por aqui já se sabe que Luciano Ribeiro conduzirá os destinos da concelhia de Seia do PS nos próximos dois anos, na sequência de uma votação expressiva face aos eleitores inscritos e com lista única. Será, obviamente, o candidato socialista à presidência da Câmara de Seia nas autárquicas de 2025 não se descortinando, para já, que outras figuras disputarão com Luciano a autarquia senense. Herdeiro de um passado histórico de vitórias consecutivas, Luciano Ribeiro não deverá ter grandes dificuldades em vencer as eleições mas, face aos resultados dos últimos eventos eleitorais – autárquicas, legislativas e europeias – o panorama na assembleia municipal pode mudar muito e o risco de perda de vereadores não está, de todo, afastado. Há, contudo, um elemento que pode ajudar o atual Presidente: as perturbações numa das forças da oposição que obteve um peso significativo poderão beneficiar positivamente os socialistas. Ver-se-á.