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Uso do telemóvel em escolas. A tecnologia molda os comportamentos e relações interpessoais dos mais novosUso do telemóvel em escolas.

  • O uso da tecnologia entre os mais novos é cada vez mais precoce
  • O desenvolvimento comportamental e as relações interpessoais são cada vez mais mediadas pelo uso de tecnologia
  • A UNESCO aconselha que se limite o uso de telemóveis em escolas

Um dos mais recentes relatórios da Geração Cordão em colaboração com a APAV – Associação de Apoio à Vítima, revela que as crianças começam a utilizar a internet em idades tão precoces como os 11 anos, e que mais de 50% afirma passar entre 2 a 6 horas online diariamente – um valor que aumenta aos fins-de-semana. Já no que diz respeito ao contacto interpessoal, mais de 80% afirma que já teve algum tipo de conversação com alguém que nunca conheceu pessoalmente.

Este uso frequente e massivo da internet é, em grande parte das circunstâncias, realizado através de smartphones, em que a utilização pessoal para contacto se confunde com a sua componente lúdica de jogos online e de navegação tradicional na rede. A idade precoce dos 11 anos indicada pelo estudo para a utilização da internet encontra-se, assim, com a idade da primeira utilização do telemóvel por parte dos mais novos. Ainda que não existam diretrizes consensuais para a idade mais indicada para que os mais novos tenham acesso a um smartphone, a UNESCO recomendou em junho deste ano que as escolas comecem a ter um papel mais ativo na medida de limitar o uso destes equipamentos, promovendo para tal o condicionamento do seu uso em escolas.

Em Portugal esta medida está longe de ser consensual, sendo a sua aplicação apenas acomodada em escolas privadas. Mas, o movimento está a ganhar tração, sobretudo com uma petição que pretende levar à Assembleia da República a discussão de limitação do uso destes equipamentos pelo menos até ao 2º ciclo, ou seja, até aos 12 anos (em média).

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