Entre os dias 4 e 9 de agosto, a aldeia de Valezim, no concelho de Seia, em plena Serra da Estrela, recebe a 4.ª edição do Ocupar a Velga — um festival que convida a ocupar o território com arte, comunidade e encontros. Durante seis dias, artistas, moradores e visitantes partilham experiências através de espetáculos, oficinas, laboratórios criativos e propostas pensadas para todas as idades.
Com uma proposta de combate à desertificação do território, o festival já acolheu um público que atinge 3.500 pessoas, tornando-se uma referência na Região das Beiras para quem procura viver o mês de agosto com muita cultura e imersão na natureza.
A ocupação propõe um cruzamento entre circo, dança, música e cinema, promovendo novas perspetivas e espaços para a imaginação de futuros possíveis
A programação de 2025 destaca-se com o espetáculo MUDA, de Clara Andermatt com o Instituto Nacional de Artes do Circo, inspirado na estética do cinema mudo; Furo Lento, a nova criação de Rui Paixão, um western distópico sobre extinção e colonização espacial; o regresso de Robert Panda com I AM STUPID; e Chá das Cinco, da companhia portuense Coração nas Mãos, pensado para toda a família.
O programa integra ainda oficinas ambientais, sessões de leitura e histórias rítmicas, um laboratório de artes performativas para crianças dos 6 aos 13 anos, sessões de curtas-metragens internacionais na aldeia vizinha de Sazes da Beira e uma oficina de combate à desinformação.
O encerramento fica a cargo da Lena d’Água, acompanhada pela Banda Filarmónica de Loriga, seguido de um Oráculo — para dançar até ao ano seguinte.
O Ocupar a Velga afirma-se como uma ocupação onde o território se transforma pelo cruzamento das artes e a experiência do encontro com elas. Um convite à passagem, à transformação e à construção de novas formas de sentir.
A Produção d’Fusão, é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes.
Produção d’Fusão
A Produção d’Fusão inicia o seu trabalho em 2017, com vista a desenvolver atividade na área da produção artística e cultural. Criada enquanto Casa de Artistas, com o principal objetivo de ajudar artistas emergentes no desenvolvimento da sua carreira autoral profissional, tem alargado a sua área de trabalho à mediação de públicos e programação cultural.
Faz o acompanhamento de obras artísticas, desde a sua elaboração até à digressão dos espetáculos em Portugal e no estrangeiro. Conta com larga experiência na área das artes performativas e na produção e gestão de espetáculos e agenciamento de artistas, dinamização de formações, projetos artísticos com a comunidade e mentoria de produção.Desde a sua criação, teve a oportunidade de trabalhar com Ana Rita Barata, André de Campos, Be Dias, Bruno Alexandre, Diana Niepce, Jonas&Lander, John Romão, Marina Nabais, Pedro Ramos, Piny e Sérgio Diogo Matias.
É atualmente responsável pela difusão do trabalho artístico de Rui Paixão (circo), Bernardo Chatillon (teatro/dança), e do projeto infantil Panda Express (dança).
Desde 2022 organiza anualmente o Ocupar a Velga, projeto de programação cultural no espaço público, em agosto, na aldeia de Valezim, Seia, sendo responsável pela curadoria e organização de todo o evento.
Paralelamente desenvolve projetos pontuais de pré-produção, produção executiva, gestão e/ou acompanhamento de candidaturas. Tem sede na aldeia de Valezim, Serra da Estrela.